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Degeneração macular relacionada à idade

Degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma degeneração adquirida da retina que afeta sua área central, responsável pela visão de detalhes (mácula).
Esta degeneração tem um forte componente genético, e ocorre principalmente após os 55 anos de idade.
Na fase inicial, não há sintomas, e por isso os pacientes com mais de 50 anos de idade devem sempre procurar seu oftalmologista, para detectar a DMRI nesta fase.
Mais tarde, com a progressão da doença, pode haver uma diminuição da capacidade de ler, dificuldade em reconhecer o rosto das pessoas, assistir a um filme na TV.
Pode ocorrer também uma distorção da imagem ou dificuldade em dirigir.


 

A DMRI pode ser dividida em dois tipos: o tipo seco e o tipo úmido.
No tipo seco observam-se pequenos pontos amarelados chamados drusas.
Ela pode permanecer sendo sendo seca durante vários anos, ou evoluir para o tipo úmido.


 

O estadiamento da lesão é muito importante, porque dependendo do estágio da doença, está indicado, ou não, uso de medicamentos.
Nos casos iniciais, o oftalmologista poderá indicar apenas um controle periódico e mudança de alguns hábitos de vida.
Para degeneração do tipo seco, pode ser necessário o uso de medicamentos (cápsulas ou comprimidos) anti-oxidantes, que conseguem frequentemente reduzir a progressão da patologia.

No tipo úmido, o tratamento deve ser precoce e imediato.
Usam-se medicamentos intraoculares para reverter o quadro.


 

Pessoas que tem familiares com DMRI tem mais chance de desenvolvê-la do que as outras pessoas.
Estima-se que aproximadamente 5% da população acima de 50 anos tem DMRI; esta incidência pode chegar a 25% ou 30% após os 75 anos de idade.
Quanto maior a idade, maior a chance de desenvolver a degeneração macular. Sabe-se também que o hábito de fumar está associado ao aparecimento mais precoce da DMRI.
O risco pode ser aumentado caso haja doenças como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, obesidade, ou descontrole das gorduras no sangue.


Prevenção:

Não se pode falar em prevenção absoluta, mas sim em redução do risco em desenvolver DMRI.
Pata tal, as pessoas devem evitar o hábito de fumar, reduzir o índice de massa corporal e tratar hipertensão arterial e controlar o colesterol e triglicérides.


 

A DMRI não é um simples envelhecimento da retina, mas sim um conjunto de alterações patológicas que podem levar a uma séria diminuição da visão central.
Nas fases iniciais, o tratamento costuma ser bem sucedido, seja diminuindo a progressão da doença na fase seca, ou revertendo se houver um vazamento no caso de degeneração úmida.


 

Exames:

Para o diagnóstico da doença será feito exame de fundo de olho e o seu médico poderá solicitar exames mais específicos, como a tomografia de coerência óptica, angiotomografia, angiofluoresceinografia, autofluorescência macular ou angiografia por indocianina verde.


 

Sintomas comuns da DMRI são:

Embaçamento, aparecimento de uma mancha central ou próximo ao centro, e visão distorcida.
Os vários exames existentes no momento são capazes de diferenciar os subtipos de degeneração macular e indicar qual o tratamento mais adequado para cada caso.
A BH OLHOS olhos dispõe de todos estes exames e também dos tratamentos mais modernos que existem atualmente, inclusive da terapia fotodinâmica, cujo aparelho para tratar algumas formas especiais de DMRI é disponível em pouquíssimas Clínicas do Brasil.


 

Algumas doenças pré-existentes podem aumentar o risco de degeneração macular, como por exemplo a miopia.
Assim como na maioria das doenças, o tratamento da DMRI é muito mais bem-sucedido nas fases iniciais, e por isso é essencial ressaltar a importância das consultas periódicas frequentes e da prevenção.

 

DR. Edmundo Soares

CRMMG:23022


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A cegueira pode ocorrer por diversas causas. No Brasil, existem mais de 1,2 milhão pessoas com perda total da visão.

A Organização Mundial de Saúde estima que cerca de 60% das cegueiras são evitáveis. Isso significa que pelo menos 700 mil brasileiros ainda poderiam enxergar se os seus problemas de visão tivessem sido tratados precocemente.

Cegueira infantil
Diagnóstico precoce e cuidado multidisciplinar podem evitar cegueira infantil

  • Retinopatia da prematuridade;
  • Catarata;
  • Toxoplasmose;
  • Glaucoma congênito e – Atrofia ótica são as principais causas de cegueira e baixa visão moderada a grave infantil no Brasil, segundo levantamento produzido pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).

Na verdade, com a oftalmologia atual, pelo menos 70% das causas de cegueira ou grave comprometimento visual infantil poderiam ter sido evitadas se tratadas efetivamente. Infelizmente isto não tem acontecido.

Para reverter este quadro é preciso começar fazendo um bom pré-natal, para identificar e tratar doenças infecciosas congênitas, como toxoplasmose, herpes, citomegalovírus, sífilis e, mais recentemente, o Zika vírus”.

Logo após o nascimento o teste de reflexo vermelho, popularmente conhecido como teste do olhinho. “É um teste simples, feito pelo pediatra e obrigatório por lei “. Que serve de alerta em alguns casos, mas o exame com um oftalmologista é que vai realmente diagnosticar e tratar estás crianças . O ideal é que os pais levem o bebê antes dos 6 meses para a primeira consulta oftalmológica.

De acordo com o levantamentos em crianças pré escolares, estima-se que 5% delas apresentem menos de 50% da visão normal”. Importante salientar que a perda mesmo que parcial da visão nos primeiros anos de vida, causa um grave impacto no desenvolvimento global da criança, levando a dificuldade de aprendizado, baixo desempenho escolar e problemas de autoestima, Além disso, essa criança tem necessidade de educação especial e material adaptado.

Causas mais frequentes de baixa acuidade visual na infância


TOXOPLASMOSE OCULAR CONGÊNITA (14 a 40%):
Doença causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Estima-se que 33% da população estejam infectadas, embora a maioria seja assintomática. A doença pode ser classificada como congênita, quando a gestante se infecta na gravidez e o parasita atravessa a placenta e contamina o feto. A doença pode ser adquirida, também chamada de pós-natal. O comprometimento ocular é a manifestação mais comum da toxoplasmose, e a doença é a principal causa de uveíte (inflamação da úvea, camada intermediária do olho) no mundo, podendo levar à sequela visual grave.

Prevenção: para inibir a infecção é recomendado evitar o consumo de carnes cruas ou mal cozidas, lavar adequadamente utensílios domésticos após contato com carne crua, consumir água fervida ou tratada, limpar frutas e vegetais antes do consumo. “O contato com gatos requer cuidados dobrados com relação à higiene, já que o parasita se hospeda nas fezes dos felinos. Essa recomendação também é válida para todo local por onde os gatos transitam, como parques e tanques de areia.


CATARATA INFANTIL (7 a 19%):
A catarata pediátrica, responsável por 14% das crianças cegas do mundo, é uma das principais causas tratáveis ou preveníveis de cegueira na infância. “Uma criança com catarata congênita total bilateral, ou seja, nos dois olhos, não operada antes dos 3 meses de vida, desenvolverá nistagmo (movimento oscilatório e/ou rotatório do globo ocular) e terá uma baixa de visão irreversível.

Prevenção: normalmente a catarata infantil pode ser de causa hereditária, por infecções maternas (rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus e outras), causas metabólicas (hipoglicemia e hipocalcemia), síndromes, entre outros fatores. Assim, o objetivo é a identificação e tratamento precoce. O teste do reflexo vermelho é usado para detecção precoce da catarata em crianças e deve ser realizado durante as primeiras semanas após o nascimento e três vezes ano até o segundo ano de vida. Para ser considerado normal, o examinador deve enxergar um reflexo vermelho ou alaranjado e simétrico. Esse exame é atualmente obrigatório em 16, dos 26 estados brasileiros, e no Distrito Federal. Mas o exame com um oftalmologista sem dúvida é o mais seguro.


RETINOPATIA DA PREMATURIDADE (3 a 21%):
É uma doença que compromete a vascularização da retina imatura dos recém-nascidos prematuros. Estima-se que existam no mundo cerca de 1,5 milhão de crianças cegas. Destas, 100 mil estão na América Latina, e cerca de 20% dos casos a cegueira ocorrem pela retinopatia da prematuridade.

Prevenção: é uma doença diretamente ligada ao nascimento prematuro, assim, a melhor forma de prevenção é através da realização do pré-natal. Os fatores de risco para a doença relatados na literatura são prematuridade, muito baixo peso ao nascer, síndrome do desconforto respiratório, sepse, transfusões sanguíneas, gestação múltipla e hemorragia intraventricular. O acompanhamento precoce por um oftalmologista ajuda a minimizar algumas alterações graves.


GLAUCOMA CONGÊNITO (11 A 18%):
O termo glaucoma infantil representa um grupo de doenças raras que tem como característica a pressão intraocular elevada, lesão no nervo óptico, impacto no desenvolvimento do globo ocular e da acuidade visual. No Brasil, o glaucoma infantil está entre as principais causas de cegueira em crianças.

Prevenção: os cuidados começam com a realização de exames pré-natais para identificação e tratamento de doenças infecciosas congênitas e aconselhamento genético para doenças hereditárias, como o glaucoma. Ao nascimento e ao longo dos primeiros anos de vida, a procura precoce por um exame oftalmológico completo.


ATROFIA ÓTICA (10,5%):
A atrofia do nervo óptico resulta na desconexão das ligações nervosas que unem o olho ao cérebro. Quando chega ao ponto de atrofiar, o nervo óptico não transmite mais os sinais luminosos para o cérebro montar a imagem.

Prevenção: como a atrofia é o ponto final do processo de perda de visão pelo desligamento do nervo óptico, suas causas podem ser variadas. Os principais sinais do processo de atrofia são visão embaçada, perda aguda da capacidade de distinção das cores, diminuição da acuidade visual (qualidade da visão), estrabismo ( olho torto), perda do campo visual.

 

DRA. ELIANE LAMOUNIER

CRMMG: 22020


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Por causa do COVID-19 as aulas presenciais foram suspensas em todo país, obrigando as escolas a mudar a metodologia das aulas, passando para o sistema de ensino a distancia (E.A.D). Isso aumentou em muito o uso dos computadores, tablets e celulares entre as crianças, adolescentes e adultos.
Quais são os cuidados que devemos tomar, principalmente com as crianças para evitar danos oculares pelo excesso do uso desses aparelhos ?
Vamos ver quais são as recomendações da Academia Americana de Oftalmologia.



Os óculos de bloqueio de luz azuis valem a pena?

Os óculos que alegam filtrar a  luz azul de computadores, smartphones e tablets estão se tornando cada vez mais populares. Anúncios para esses óculos afirmam que a superexposição à luz azul pode causar uma série de problemas, incluindo cansaço visual digital, interrupção do ciclo do sono ou até doenças oculares que cegam.

Não há evidências científicas de que a luz que vem das telas de computador seja prejudicial aos olhos. Por isso, a Academia não recomenda nenhum tipo de proteção ocular especial para uso em computador.

A luz azul das telas está machucando meus olhos?

Longas horas olhando para telas digitais diminuem o piscar. Piscar menos às vezes causa uma série de sintomas oculares temporários conhecidos como  cansaço visual . Mas esses efeitos são causados ​​pela maneira como as pessoas usam suas telas, não por qualquer coisa vinda das telas.  A melhor maneira de evitar o cansaço visual é fazer pausas na tela com frequência. 

Nunca foi demonstrado que a quantidade de  luz que  vem de um computador causa qualquer doença ocular. Um estudo reimpresso pela  National Library of Medicine não encontrou radiação UVA ou UVB mensurável (a parte mais prejudicial da luz) em telas de computador. 

Há algumas evidências de que a luz azul afeta o ritmo circadiano do corpo, nosso ciclo natural de vigília e sono. A melhor maneira de evitar perturbações do sono é evitar o uso de telas duas a três horas antes de dormir. Usar o modo  “escuro” ou “noturno” em dispositivos à noite também pode ajudar.

Os óculos bloqueadores de luz azuis ajudam com o cansaço visual?

Um  estudo recente  sugeriu que os óculos de bloqueio de luz azul não melhoram os sintomas de fadiga ocular digital. A American Academy of Ophthalmology não recomenda óculos de bloqueio de luz azul devido à falta de evidências científicas de que a luz azul é prejudicial aos olhos. 

O que posso fazer para aliviar a fadiga ocular?

Você pode proteger seus olhos do cansaço se trabalhar com computadores o dia todo com estas dicas: 

    • Sente-se a cerca de 25 polegadas (comprimento do braço) da tela do computador. Posicione a tela de forma que você olhe levemente para baixo.
    • Faça pausas regulares usando a regra “20-20-20”: a cada 20 minutos, mude seus olhos para olhar um objeto a pelo menos 6 metros de distância por pelo menos 20 segundos.
    • Quando sentir que seus olhos estão secos, use lágrimas artificiais para renová-los.
    • Ajuste a iluminação da sala e tente aumentar o contraste na tela para reduzir o cansaço visual. Use um filtro de tela fosco, se necessário.
    • Se você usa lentes de contato, dê um tempo para seus olhos usando seus óculos.

A maioria dos sintomas oculares causados ​​pelo uso do computador são apenas temporários e diminuirão depois que você parar de usá-lo. Se você continuar a sentir esses sintomas, entre em contato com seu oftalmologista. 

Meu filho usa telas o dia todo. Eles precisam de óculos especiais?

A recomendação para crianças que usam telas o dia todo  é a mesma que para adultos: a melhor maneira de aliviar o cansaço visual é fazer pausas.


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Uma dúvida muito frequente em nossa clínica é sobre a necessidade de uso de lentes com bloqueio da luz azul, principalmente entre os usuários de computadores, celulares, tablets etc.

Vamos ver o que a Academia Americana de Oftalmologia pensa a esse respeito.



A American Academy of Ophthalmology ajuda os pais a separar os fatos da ficção.

SÃO FRANCISCO  – 6 de agosto de 2018 – À medida que as crianças passam mais tempo presas a telas, há uma preocupação crescente com possíveis danos ao seu desenvolvimento visual. Os oftalmologistas – médicos especializados em cuidados médicos e cirúrgicos da visão – estão observando um aumento acentuado de crianças com olho seco e fadiga ocular devido ao tempo excessivo de tela. Mas a fadiga ocular digital causa danos permanentes? Seu filho deve usar óculos de leitura ou de computador ? Ao enviar seus filhos de volta à escola neste mês para mais tempo com telas e livros, a American Academy of Ophthalmology está equipando os pais com os fatos, para que eles possam fazer escolhas informadas sobre a saúde ocular de seus filhos.

É fato que existe uma epidemia mundial de miopia , também conhecida como miopia. Desde 1971, a incidência de miopia nos Estados Unidos quase dobrou, para 42%. Na Ásia, até 90% dos adolescentes e adultos são míopes. Claramente, algo está acontecendo. Mas os cientistas não conseguem concordar sobre o quê exatamente.

Um novo estudo publicado na Ophthalmology , o jornal da American Academy of Ophthalmology, oferece mais evidências de que pelo menos parte do aumento mundial da miopia tem a ver com as atividades de trabalho para perto; não apenas telas, mas também livros tradicionais. E, passar o tempo ao ar livre – especialmente na primeira infância – pode retardar a progressão da miopia. Ainda não está claro se o aumento da miopia se deve ao foco em telefones o tempo todo, ou à interação da luz com nossos ritmos circadianos para influenciar o crescimento dos olhos, ou nenhuma das opções anteriores.

Enquanto os cientistas procuram uma resposta definitiva, não há dúvida de que a maioria dos usuários de computador sofre de fadiga ocular digital. As crianças não são diferentes dos adultos quando se trata de fadiga ocular digital. Eles também podem apresentar olhos secos, cansaço visual, dores de cabeça e visão embaçada. Embora os sintomas sejam geralmente temporários, eles podem ser frequentes e persistentes.

Mas isso não significa que eles precisam de uma receita para óculos de computador ou que desenvolveram uma doença ocular de meia-idade que exige óculos de leitura, como alguns sugerem. Também não significa que a luz azul proveniente de telas de computador está prejudicando seus olhos. Isso significa que eles precisam fazer pausas mais frequentes. Isso ocorre porque não piscamos com tanta frequência ao usar computadores e outros dispositivos digitais. Leitura, escrita prolongada ou outro trabalho intenso próximo também podem causar cansaço visual. Os oftalmologistas recomendam fazer um intervalo de 20 segundos próximo ao trabalho a cada 20 minutos.

Aqui estão 10 dicas para ajudar a proteger os olhos do seu filho da fadiga ocular do computador:

    • Defina um cronômetro de cozinha ou um cronômetro de dispositivo inteligente para lembrá-los.
    • Alterne a leitura de um e-book com um livro real e incentive as crianças a olhar para cima e para fora da janela a cada dois capítulos.
    • Depois de completar um nível em um videogame, olhe pela janela por 20 segundos.
    • Marque previamente os livros com um clipe de papel a cada poucos capítulos para lembrar seu filho de olhar para cima. Em um e-book, use a função “marcador” para o mesmo efeito.
    • Evite usar um computador ao ar livre ou em áreas muito iluminadas, pois o brilho na tela pode criar tensão.
    • Ajuste o brilho e o contraste da tela do computador para que seja confortável para você.
    • Use uma boa postura ao usar um computador e ao ler.
    • Incentive seu filho a segurar a mídia digital mais longe, de 18 a 24 polegadas é o ideal.
    • Crie uma distração que faça com que seu filho olhe para cima de vez em quando.
    • Lembre-os de piscar ao assistir a uma tela.

“Prefiro ensinar hábitos melhores às crianças, em vez de fornecer-lhes uma muleta como óculos de leitura para permitir que consumam ainda mais mídia”, disse K. David Epley, MD, porta-voz clínico da Academia Americana de Oftalmologia. “Se você correr muito e suas pernas começarem a doer, você para. Da mesma forma, se você está lendo ou assistindo vídeos há muito tempo e seus olhos começam a doer, você deve parar. ”

Encontre mais informações sobre como proteger os olhos de seus filhos no site EyeSmart da Academia .

Sobre a American Academy of Ophthalmology.

A American Academy of Ophthalmology é a maior associação mundial de oftalmologistas e cirurgiões. Uma comunidade global de 32.000 médicos, protegemos a visão e capacitamos vidas definindo os padrões para a educação oftálmica e defendendo nossos pacientes e o público. Inovamos para aprimorar nossa profissão e garantir o fornecimento de cuidados oftalmológicos da mais alta qualidade. Nosso programa EyeSmart fornece ao público as informações mais confiáveis ​​sobre a saúde ocular. Para obter mais informações, visite  aao.org . ® 


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Conjuntivites Alérgicas:

As conjuntivites alérgicas fazem parte das alergias oculares que, de acordo com o último Consenso Latino Americano de Alergia Ocular (2011), é “uma doença inflamatória da superfície ocular, frequentemente recorrente, cujo mecanismo fisiopatológico básico é a hipersensibilidade Tipo I, associada ou não a outros tipos de reação de hipersensibilidade”.

Afetam em torno de 20% da população e suas formas mais frequentes são: conjuntivite sazonal (SAC), conjuntivite perene (PAC), ceratoconjuntivite vernal ou primaveril (VKC), ceratoconjuntivite atópica (AKC).

O principal sintoma da alergia ocular é o prurido (coceira), é tão importante, que podemos dizer, que se ele não é relatado, devemos pensar em outra patologia. Sensação de ardor, lacrimejamento e queimação são também frequentemente informados. Os sinais principais são: hiperemia, edema conjuntival e palpebral (fig.1), micro papilas tarsais superiores e secreção mucosa. Nos casos mais graves encontramos papilas tarsais gigantes (> 1mm) (fig.2), papilas limbar (fig.3), pontos de Horner-Trantas (fig.4) e úlceras de córnea (úlceras em escudo) (fig.5).

É uma patologia caracteristicamente bilateral, mas com assimetria de intensidade.

A associação com outras formas de alergia é um padrão, sendo a rinite a mais frequente (rinoconjuntivite alérgica).

O diagnóstico é principalmente clínico, feito no consultório oftalmológico, com auxílio da lâmpada de fenda, fluoresceína e outros corantes. Pesquisas de eosinófilos no raspado conjuntival, citologia de impressão, dosagem de IgE sanguíneo e de histamina e triptase na lágrima são recursos mais utilizados em pesquisa.


Conjuntivite sazonal (SAC):

Ocorre em indivíduos previamente sensibilizados, quando em contato novamente com o (os) alérgeno(s) desencadeante(s), esse(s) se liga(m) à IgE específica presas à parede de mastócitos conjuntivais, causando sua degranulação com liberação da cascata de mediadores alérgicos e inflamatórios.

É a forma mais comum de alergia ocular, mas muitas vezes a sintomatologia é branda, autolimitada, resolvendo os episódios sem necessidade de ajuda médica.

Chamada de sazonal porque ocorre em determinadas épocas do ano, com períodos assintomáticos.

 Frequentemente desencadeada por fatores externos (outdoor) como pólen e gramíneas, variando durante as estações do ano, verão, primavera e outono.

É caracterizada por hiperemia, prurido, podendo evoluir para quemose conjuntival, afetando crianças, jovens e adultos.


Conjuntivites perenes (PAC).

As Perenes têm apresentação clínica muito semelhante às sazonais, porém são crônicas, ocorrendo durante todo o ano, com curtos períodos de tranquilidade.

São causadas por fatores domésticos (indoor), como ácaros, poeira, mofo e pelos de animais.


Ceratoconjuntivite vernal (VKC).

Forma mais agressiva do que as anteriores porque além de agredir a conjuntiva, compromete a córnea e as pálpebras (principalmente o tarso superior), podendo levar à baixa de acuidade visual definitiva ou de difícil solução.

Além da hipersensibilidade tipo I, a tipo IV também parece estar envolvida no processo. A cadeia inflamatória desencadeada pela degranulação de mastócitos associada a outros mecanismos envolvendo respostas mediadas por linfócitos Th2, IgG, basófilos e hipersensibilidade tardia, é extremamente agressiva e prolongada.

Atinge mais meninos (3,2:1) do que meninas, geralmente inicia-se antes dos 10 anos de idade, estendendo-se até adolescência. Típica de países quentes, secos e clima subtropical, sendo rara nos países frios.

Frequentemente convive com outras atopias, principalmente asma e rinite, desencadeadas por pólen (mais comum), ácaros, fungos e epitélio de animais.

Além do prurido, outras queixas e achados clínicos completam o quadro: fotofobia, secreção mucosa, lacrimejamento, queimação, sensação de corpo estranho, dor e piora da acuidade visual.

No exame ocular podemos encontrar papilas tarsais superiores e limbares gigantes (>1 mm), limbo gelatinoso, pontos de Horner-Trantas (pontos elevados e esbranquiçados formados por eosinófilos degenerados e restos de células epiteliais), ceratite puncttata e úlceras em escudo.

A associação com ceratocone está demonstrada amplamente na literatura.


Ceratoconjuntivite atópica (AKC).

Inflamação crônica, bilateral da conjuntiva e pálpebras, associada à dermatite atópica.

Diferentemente das anteriores é mais frequente em homens com mais de 40 anos, atópicos, desencadeada após exposição a ácaros e pelos de animais

Como a VCK as hipersensibilidades tipo I e IV são responsáveis pelas agressões oculares e palpebrais, desencadeando prurido, lacrimejamento, visão embaçada, fotofobia, espessamento e descamação palpebral, madarose ciliar e de sobrancelha.

O ceratocone também é mais frequente nesses pacientes.


Tratamento.

Medidas gerais:

  • Evitar coçar os olhos (degranulação mecânica dos mastócitos e aumentam a chances de ceratocone);
  • Compressas frias (melhora do edema e do prurido);
  • Uso de lágrimas artificiais (diluir e remover os alérgenos);
  • Evitar ou diminuir o contato com os alérgenos conhecidos.

Tratamento tópico e sistêmico.

  • Anti-histamínicos:
    • Emedastina, pouco eficaz, quando usados isoladamente.
  • Estabilizadores de mastócitos:
    • Cromoglicato de sódio, nedocromil e lodoxamide. Levam de 5 a 14 dias para atingirem o pico de ação, uso de 6/6h.
  • Estabilizadores de mastócitos e anti-histamínicos (colírios de dupla ação):
    • Drogas de escolha para o tratamento das conjuntivites sazonais e perenes. Como opção temos: olopatadine, alcaftadine, epinastina, cetotifeno. Além de atuarem em mais de uma fase do ciclo alérgico, a posologia é mais prática (1 gota de 12/12h ou 1 vez ao dia) e o início da ação ocorre após minutos da instilação.
  • Anti-inflamatórios não esteroides:
    • Menos potentes do que os anti-histamínicos, mas estão indicados nos casos que o quadro inflamatório é importante (geralmente nas VKC e AKC).
  • Anti-inflamatório esteroides:
    • Extremamente eficientes, porém devem ser usados apenas nos casos refratários às drogas de dupla ação, mais comumente as VKC e AKC, pela possibilidade de causar glaucoma e catarata.
    • Quando indicados, a preferência é pelos chamados “esteroides de superfície ou soft steroids”; Loteprednol e fluormetolona, pela baixa penetração na câmara anterior, consequentemente com menor risco de glaucoma e catarata. Iniciar com dose de 4x /dia reduzindo gradativamente.

Anti-histamícos orais:

Comparados com os tópicos, demoram mais para agir e são menos efetivos.

Imunomoduladores;

Usados em associação aos corticoides ou na tentativa de substituição dos mesmos naqueles casos graves, corticoide dependentes.

Ciclosporina e tracrolimus são inibidores da calcineurina, tem ação semelhante aos corticoides, porém sem causar glaucoma ou catarata. Seu uso tópico para ceratoconjuntivite ainda não está liberado nos EUA e Europa, faltando ainda definição de concentração e posologia. No Japão já são liberados para casos graves de ceratoconjuntivite.

Brasil já foram publicados vários trabalhos usando ciclosporina colírio 1ou 2% e tacrolimus 0,1 ou 0,03% na forma de colírio e pomada, com bons resultados, mas ainda permanecem em estudos.

  1. Imunoterapia:

A eficácia de imunoterapia subcutânea é bem estabelecida para a atopia de modo geral, sendo válida como tratamento complementar para as conjuntivites. O uso sublingual também tem demonstrado melhora dos sintomas oculares. As melhores respostas são encontradas nos casos IgE mediados e quando se identifica o agente desencadeante.

Avaliação por um alergologista é muito importante para se traçar um perfil alérgico do paciente através de testes cutâneos (prick teste) ou sanguíneos. Com esse conhecimento, o paciente e os familiares poderão evitar os alérgenos causadores, melhorando muito o resultado do tratamento.

Dr. Pedro Paulo Leite dos Reis
CRM : 18640 | RQE 11199


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As lentes de contato são excelentes opções para quem quer enxergar bem, sem os inconvenientes dos óculos ou a necessidade de cirurgias refrativas ( para correção de miopia, hipermetropia e astigmatismo ). A prescrição das lentes é personalizada. Cada caso é avaliado individualmente e os testes são feitos para se determinar qual lente proporcionará melhor conforto e visão. Atualmente, mesmo a presbiopia ( vista cansada para perto ) que acomete as pessoas a partir dos 40 anos, pode ser corrigida com as lentes de contato multifocais rígidas ou gelatinosas,com ótimos resultados. As lentes, também, estão indicadas para quem quer praticar esportes ou variar a cor dos olhos.

Agende seu teste de Lente de contato e surpreenda-se.

Dra. Christine De Maria Aburachid


QUEM SOMOS

bh olhos

A BH Olhos está situada à Rua da Bahia, 1900, 5º andar, esquina com Avenida Bias Fortes, próximo à Praça da Liberdade. Para uma maior comodidade de nossos pacientes, o prédio dispõe de estacionamento rotativo com manobristas.

Diretor Técnico
Dr. Edmundo Américo Dias Soares
CRM : 23022
RQE 22308